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Quanto mais proteína, melhor? Talvez não! Veja alguns riscos do excesso de proteínas na dieta


Redução na absorção de nutrientes

Quando combinamos excesso de proteínas e mastigação inadequada, temos alimentos difíceis de digerir, o que leva à fermentação de proteínas mal digeridas no cólon, gerando amônia, amina e compostos sulfurados, que geram danos as células intestinais e resultam na redução da capacidade absortiva dessas células.

Além da fermentação no cólon, o excesso de proteína mal digerida acaba chegando ao intestino grosso, também sendo fermentada e gerando um quadro mais grave do que o desequilíbrio na flora bacteriana: esta situação produz uma condição chamada disbiose.

Uma vez que estão em número reduzido não conseguem impedir a passagem de toxinas e microrganismos invasores para a circulação sanguínea, gerando uma vasta quantidade de malefícios à saúde.


Formação de gases aumentada

Decorrente do processo digestivo quando há excesso de proteínas na dieta, pois algumas bactérias produzem normalmente uma substância chamada cadaverina pela degradação de proteínas consumidas via dieta. Quanto mais proteína, maiores as chances de produção destas substâncias.


Aumento do custo da dieta

Muitas pessoas consomem indiscriminadamente proteínas e restringem carboidratos pensando em ganhos livres de gordura.

Não é dessa forma que os resultados vêm, mas é dessa forma que sua dieta fica mais cara e menos saborosa.

Menor palatabilidade da dieta

A grande maioria das pessoas sofre quando precisa reduzir carboidratos na dieta e possui preferência pelo paladar dos carboidratos.

Isso é fisiológico, é natural, pois tem relação com as estruturas moleculares desses dois nutrientes e a forma como eles estimulam as papilas gustativas.

Qual é a mistura mais famosa no Brasil? Arroz com feijão!

Mistura riquíssima, o arroz pode ser consumido até em dietas de redução de peso, sem nenhum problema, basta ter sua quantidade sob controle. Já o feijão nem se fala.


Prejuízos à função renal

A ciência nos diz que a ingestão de uma refeição rica em proteínas leva ao aumento da taxa de filtração glomerular (TFG), resultando em hiperfiltração glomerular, o que, em uma situação crônica, trata-se de um estágio inicial de nefropatia.

Pode haver comprometimento da saúde pela liberação em excesso de ureia e de amônia decorrente do metabolismo proteico – mesmo para os indivíduos saudáveis. Ainda podemos observar aumento da excreção de cálcio e de outros minerais, podendo induzir perda de massa óssea.


Aumento do risco de doenças cardiovasculares

O excesso de amônia gerado pelo metabolismo das proteínas pode comprometer o fígado, que ainda precisará quebrar as moléculas de proteínas para transformá-las em energia, o que pode aumentar a produção de gordura.

Quando o consumo de proteínas é excessivo (principalmente, animal), geralmente, está associado a uma maior ingestão de lipídios, principalmente saturados, e de colesterol e a uma menor ingestão de fibras, podendo aumentar o risco de doenças cardiovasculares.


Relação entre excesso de proteínas e hipertrofia

Existem centenas de estudos e pesquisas científicas acerca da necessidade proteica em atletas. Este é um dos assuntos mais investigados pela ciência dos esportes, justamente porque há este mito tão enraizado no conceito das pessoas de que “quanto mais proteína, melhor”.

No artigo Bodybuilders competitivos devem ingerir mais proteínas do que as atuais recomendações baseadas em evidências?, publicado na Revista de Medicina Esportiva da Nova Zelândia, pesquisadores concluíram que fisiculturistas competitivos podem ter benefícios com o consumo de maior ingestão de proteínas do que geralmente é prescrito para levantadores treinados em lazer, porém não existem pesquisas diretas nessa população, o que dificulta ter uma conclusão definitiva sobre este público.

Porém, todos os outros estudos realizados usando outros tipos de público são unânimes: as recomendações proteicas não passam de 2g/kg/dia, o que quer dizer que doses maiores que esta não trarão benefícios para hipertrofia.

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